Sala Dacosta
videoinstalação de Rui Mourão
Sala Dacosta 16 de nov. de 2012 a 12 de fev. de 2013
Inauguração da videoinstalação O Carnaval É Um Palco, A Ilha Uma Festa, Sala Dacosta, 16 de novembro, 20h30
Terá lugar uma apresentação feita pelo autor, seguida de uma evocação performática da atmosfera do Carnaval terceirense no Auditório do Museu de Angra do Heroísmo
Conferência O Carnaval É Um Palco, A Ilha Uma Festa, por Rui Mourão Auditório do Museu de Angra do Heroísmo, 17 de novembro, 16h00
O artista propõe-se falar da sua vivência do Carnaval Terceirense, abordando os processos de recolha de imagens, criação e montagem da presente exposição, explicitando as leituras e intenções que lhe estão subjacentes.
Uma fascinante conversa mantida com uma terceirense sobre “taxistas que são dramaturgos, padres que são atores, lavradores que são travestis, pescadores que são músicos, funcionários públicos que são maestros”, “em digressão por salões de teatro a abarrotar”, “fantasiados com chapéus de grandes plumas e garridos trajes de cena”, impulsionou a vinda à Terceira de Rui Mourão na época do Carnaval, em 2012. Esta instalação que cruza antropologia com videoarte, dá conta do processo de transfiguração coletiva a que assistiu numa ilha ciclicamente transformada em palco.
Anteriormente patente no Museu Nacional de Etnologia, de maio a julho do presente ano, e agora apresentada em novos moldes de acordo com a espeficidade do Museu de Angra do Heroísmo, a exposição resulta de uma recolha de vídeo feita a partir do Carnaval terceirense levada a cabo em 2012, que motivou um trabalho de pós-graduação em Culturas Visuais no ISCTE, Instituto Universitário de Lisboa.
Tendo a sua curiosidade pelas Danças de Carnaval da Terceira sido despoletada por uma fascinante conversa com uma terceirense apaixonada por esta prática cultural, durante 2 semanas Rui Mourão testemunhou a transfiguração coletiva de uma ilha que ciclicamente se transforma em palco, encenando “um teatro popular, fundido numa especificidade carnavalesca, com um estilo próprio, simultaneamente ancorado em tradições antigas e permeável à inovação”.
Esta exposição, que “cruza antropologia e vídeoarte, documenta o que pode desaparecer, porque é frágil, efémero e imaterial, ao lado do que é emergentemente criativo, vivo, novo, mas secular, apresentando ao espectador, uma múltipla perceção de um fenómeno também ele múltiplo, na sua estrutura cultural, artística, histórica, económica, social, política, etnográfica e, no fundo, identitária”.