Relógio solar de bolso com bússola

No passado, de todos os instrumentos matemáticos, o relógio solar era, talvez, o mais comum. A razão principal para isso era que qualquer relógio mecânico requeria um relógio solar para verificar se marcava a hora correta.
Acredita-se que, nos séculos XVII e XVIII, o número de relógios solares equivalesse a igual número dos relógios em uso. Posteriormente, tornou-se mais prático manter a hora local exata, nos caminhos de ferro, por exemplo, através do telégrafo elétrico, que apareceu em 1837. Em pouco tempo, a National Telegraph Company, do Reino Unido, tinha relógios mostrando a hora de Greenwich nos seus escritórios por todo o lado e, desde então, os relógios solares perderam a sua importância prática e tornaram-se sobretudo objetos decorativos.
Um relógio solar idêntico a este, datado de 1790, foi usado pelo conhecido cirurgião naval inglês e explorador George Bass, na primeira exploração da costa sul australiana realizada por europeus, numa pequena baleeira anónima, entre dezembro de 1797 e fevereiro de 1798. A viagem de mais de 3000 km, feita numa pequena embarcação de boca aberta, trouxe muito crédito na época aos talentos de Bass em matéria de náutica e navegação, fornecendo evidências de que a Tasmânia era uma ilha, separada do Continente.
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In “Vitrine de Curiosidades/1”