Até que, a partir do século XVIII, os grandes relógios mecânicos começaram lentamente a ter maior divulgação, as pessoas regiam as suas vidas pelos relógios de Sol, geralmente inseridos nas fachadas das igrejas. A sombra de um pino, inserido verticalmente na pedra, projetava-se no mostrador iluminado, funcionando como um ponteiro, dado que à medida que a posição do Sol mudava, a sombra se deslocava pela superfície, passando sucessivamente pelas linhas que indicavam as horas.
Apesar de não muito exatos, eram peças de prestígio, feitas em pedra de qualidade, como este exemplar oriundo do continente português, executado sobre uma antiga lápide de campa, de que ainda se notam algumas letras desvanecidas por debaixo das fortes marcas do novo uso. Este relógio pertence à Unidade de Gestão de Espécies em Pedra do Museu de Angra do Heroísmo e pode ser visto na reserva visitável “As Pedras dos Homens”, localizada no nartex da Igreja de Nossa Senhora da Guia, anexa ao MAH.
