O enorme dente do narval inspirou uma série de mitos e lendas. Certas relíquias do passado, apresentadas como chifres de unicórnio, não eram mais do que caninos de narval, extraordinário mamífero marinho que demorou muito tempo a ser identificado e conhecido pelos europeus. Os bestiários medievais basearam as suas descrições apenas em textos antigos gregos, associando-o a um imaginário mediterrâneo, onde não habitava. Trata-se, de facto, de um animal difícil de observar no mar, deslocando-se apenas nas águas muito frias e profundas do Ártico.
Muitos dentes de narval serviram para confecionar bengalas ou pingalins como esta peça que integra a Unidade de Gestão de Náutica e Aeronáutica do MAH e que pode ser observada com mais atenção na exposição temporária, ‘Coleções e Museus: da Curiosidade ao Conhecimento’.
