Esta tipologia de garrafas de pirolito antecede a utilização da carica, tendo em vez de tampa uma bola de vidro que se encostava a uma anilha de borracha inserida num entalhe no topo gargalo, propiciando uma vedação eficaz.
Durante o processo de fabrico, o refrigerante gasoso era introduzido na garrafa invertida e, uma vez concluído o enchimento, o berlinde caía, aderindo à anilha por efeito da pressão do gás.
O estrangulamento do gargalo impedia que a bola deslizasse até ao fundo, quando era pressionada para que a bebida fosse consumida, ficando ali retida e produzindo um retinir característico quando a garrafa era agitada.
A bola de vidro era alvo da cobiça infantil, sendo usada no jogo do berlinde, o que levou a que a quebra propositada destas garrafas, num tempo em que todo o vasilhame era precioso e meticulosamente reutilizado, desse azo a reprimendas e castigos. Esta peça integra a Unidade de Gestão de Ciência e Tecnologia.
