A alimentação dos militares em campanha constituiu, desde sempre, uma importante preocupação dos exércitos, pelo grande impacto na saúde e na moral das tropas e, por consequência, na manutenção do seu potencial de combate.
Assim, nos mais diversos ambientes operacionais, dos cenários urbanos aos sertões africanas, fizeram sempre parte do equipamento individual dos militares, utensílios para o transporte de água.
A sua natureza e forma foi variando ao longo do tempo em função dos materiais e tecnologia disponíveis, dos contextos de utilização e também dos custos. De bexigas de animais ou couro ao polímero plástico, passando pela madeira, vidro, ferro esmaltado ou alumínio, tiveram múltiplas formas.
Este exemplar de cantil do período da guerra civil entre liberais e absolutistas, designado na época como “frasco de madeira para água”, ter-se-á destinado a uma praça de pré do 1.º Batalhão Provisório do Porto, criado por Decreto de 19 de julho de 1837.
Em madeira pintada, com aduelas em ferro tinha uma capacidade estimada de 1,5 L. A sua construção é idêntica à dos barris comuns, assumindo, porém, uma forma achatada para comodidade de transporte.
Duas passadeiras metálicas laterais permitiam o seu transporte suspenso através de uma correia em couro, a tiracolo.
Este “frasco” ou cantil, como seria hoje designado, pertence à Unidade de Gestão de Militaria e Armamento do Museu de Angra do Heroísmo e, brevemente integrará a exposição de longa duração “os Homens, Os Uniformes e as armas: da flecha ao drone”
