Datam das primeiras décadas do século XX as mais antigas referências aos “pirolitos” terceirenses – refrigerantes gaseificados da firma Frederico A. Vasconcelos – produzidos à base de concentrados, nos sabores de laranja, limão e ananás. Eram distribuídos em garrafas como esta, cuja cor do conteúdo deixava adivinhar o sabor, e acondicionados em grades de madeira e depois de plástico.
Por volta de 1955, foi adaptado a fábrica o edifício que ficou conhecido por várias gerações como “fábrica dos pirolitos” e onde funciona atualmente o jardim de infância “O Baloiço”, à entrada da rua dos Canos Verdes, em Angra do Heroísmo. O sismo de 1 de janeiro de 1980 tornou impraticáveis estas instalações, pelo que a unidade foi transferida para a zona denominada como “Avenidas”, na periferia da cidade. O pirolito era fabricado e comercializado pela emblemática firma “FREDERICO. A.VASCONCELOS”, conhecida pela sigla F.A.V., nascida em Angra do Heroísmo, mas cujas raízes remontam a Lisboa e aos finais do séc. XVIII. Com a morte, em 1993, do último representante da família, o Dr. Frederico João de Freitas e Vasconcelos, a firma foi dividida em duas, FAV – COMÉRCIO AGRÍCOLA, LDA. e FREDERICO A. VASCONCELOS E HERD. LDA. Os pirolitos, obedecendo à inexorável e impiedosa evolução do mercado, desapareceram há alguns anos, definitivamente, segundo tudo indica. O Museu de Angra do Heroísmo acolhe na Sala Frederico Vasconcelos o generoso legado do último membro desta família que documenta a Revolução Industrial nos Açores.
Estas peças integram a Unidade de Gestão de Ciência e Tecnologia do MAH.
