O vinho servido a bordo como complemento da ração diária de água, que em pouco tempo se tornava intragável, era de péssima qualidade. O melhor era guardado em garrafas de vidro, comummente designadas por “onion bottles” devido à sua forma bojuda semelhante à de uma cebola que lhe garantia estabilidade. Foram fabricadas na Inglaterra, Holanda, França e Alemanha, desde o século XVII até meados do século XVIII, e, mais tarde, em Portugal, quando evoluem para formas semelhantes às atuais. Eram também utilizadas para conter outros líquidos, nomeadamente produtos farmacêuticos e medicinais e, mediante o recurso a um pavio que trespassava a rolha embebido num líquido inflamável, transformadas em armas. Esta garrafa, encontrada intacta na baía de Angra do Heroísmo, integra a Unidade de Gestão de Arqueologia.
