Direção Regional da Cultura / Palacete Silveira Paulo
O método da eletroterapia conheceu forte expansão na comunidade médica, a partir do final do século XIX. Consiste na aplicação de uma corrente elétrica contínua ou galvânica que, através de vários terminais de elétrodos, efetuava descargas de baixa intensidade no corpo do paciente. A tensão elétrica, atuando na circulação do sangue, da linfa e do protoplasma, curaria as mais variadas doenças, nomeadamente a gripe, a asma, as dores musculares, a gangrena a anemia, a obesidade e até o cancro.
Aparelhos como este, pertencente à Unidade de Gestão de Ciência e Técnica do Museu de Angra do Heroísmo, testemunham essa utilização da eletricidade no campo da medicina, no início do século XX. Foi fabricado na Áustria por Ludwig Schulmeister, como resultado da difusão dos trabalhos de Emil du Bois-Reymond, fisiologista berlinês, para quem a composição de um tecido vivo, à semelhança do músculo, seria constituída por inúmeras moléculas elétricas.