Aerogare Civil das Lajes
A beleza altiva de Madame du Barry inspirou vários artistas, nomeadamente Augustin Pajou (1730-1809), escultor neoclássico francês, autor deste busto em bronze pertencente à Unidade de Gestão de Belas-Artes do Museu de Angra do Heroísmo, que o notabilizou como um exímio retratista da figura feminina. Ainda hoje é possível admirar bustos de Madame du Barry da sua autoria em alguns dos mais importantes museus do mundo. Nascida como Marie-Jeanne Bécu (1743-1793), tornou-se Condessa du Barry (ou Bary) por casamento e foi uma das amantes oficiais do Rei Luís XV de França. Filha ilegítima de uma costureira e de pai desconhecido, os seus estudos foram custeados por Monsieur Billiard-Dumonceaux, amante da mãe. Mulher de grande beleza, inteligente e requintada, acabou por se tornar uma cortesã de luxo sob a alçada do conde Jean Baptiste du Barry, estabelecendo, assim, contactos com a aristocracia. Depois da morte da Madame de Pompadour, a favorita de Luis XV, o duque de Richelieu apresentou-a ao rei e, de forma a viabilizar a sua condição de concubina real, o seu amante, Jean Baptiste du Barry, conseguiu-lhe um título nobilitário, casando-a com o Conde Guillaume du Barry, seu irmão. Manteve o seu poder até à morte de Luís XV, sendo depois afastada da corte e enviada para um convento, do qual se evadiu, voltando à vida cortesã. Acusada de traição durante o Grande Terror, foi aprisionada pelas tropas revolucionárias e morreu decapitada, em 1793.