12.02.2025 - 12.02.2025

NÚCLEO DE HISTÓRIA MILITAR MANUEL COELHO BAPTISTA DE LIMA

O Museu de Angra do Heroísmo segue com o seu ciclo de conferências, desta vez, com uma comunicação dedicada à espionagem durante a Segunda Guerra (1939-1945).
Na Segunda Guerra Mundial, Hitler, Roosevelt e Churchill planearam ocupar os Açores para estabelecer nas ilhas bases aéreas e navais. A posição privilegiada no meio do Atlântico tornava-as num local estratégico tanto para o Eixo, como plataforma para um ataque e invasão dos EUA, como para os Aliados, que planeavam usar as ilhas para contra-ataque dos afundamentos alemães aos barcos e submarinos britânicos. Salazar evitou a concessão das ilhas até 1943 alegando, por um lado, a neutralidade, porém, não impediu uma decisão tomada de acordo com a Inglaterra e, por outro lado, a reafirmação da soberania portuguesa sobre o território. Mas a neutralidade não impediu que se operassem nas ilhas redes muito ativas de espionagem alemã, apoiados por informadores, que provocaram várias tensões diplomáticas. O elevado número de espiões, denunciados pelos britânicos, a atuar nas ilhas sob o olhar atento do MI6 e da PVDE, colocou em causa a mais antiga aliança diplomática do mundo, a aliança luso britânica. Através da documentação guardada nos arquivos do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE), esta conferência revelará os espiões que atuaram nas ilhas, os locais onde trabalhavam, as suas missões, motivações e modus operandi. Como num jogo de xadrez, qualquer jogada era pensada com cuidado e qualquer jogada poderia levar à ocupação das ilhas e, em última análise, mudar o rumo da guerra.

MUSEU DE ANGRA DO HEROÍSMO
NÚCLEO DE HISTÓRIA MILITAR MANUEL COELHO BAPTISTA DE LIMA. 20H00
Acesso livre