As primeiras peças de artilharia foram feitas em ferro forjado, construídos pela justaposição de barras de ferro longitudinais, consolidadas por aros de ferro transversais, mais ou menos próximos, conforme a robustez necessária.
Face às ameaças de piratas do Magrebe e Norte da Europa às rotas comerciais e às povoações da costa portuguesa foi, logo nos primórdios da artilharia, necessário armar com bocas-de-fogo algumas caravelas de baixa tonelagem (cerca de 80 a 100 tonéis) ditas de “guarda-costas”.
Pelo reduzido espaço a bordo e dadas as dificuldades associadas ao recarregamento pela boca destas peças, foram usadas preferencialmente peças de carregamento pela culatra. Os berços, bocas-de-fogo de pequeno calibre (7 a 10 cm), montados em pião (forquilha) nas amuradas destas embarcações, permitiam uma fácil pontaria, independente da manobra do navio. O carregamento pela culatra com câmaras pré-carregadas com pólvora assegurava uma elevada cadência de tiro que compensava largamente o seu pequeno calibre.
Esta peça integra a Unidade de Gestão de Militaria e Armamento e está patente na exposição de longa duração, Do Mar e da Terra… uma história do Atlântico.
