Em África, os enxota-moscas, como este, feitos de cauda de boi ou crina incorporadas em cabos decorados com metal, são manuseados em cerimónias ritualizadas, de forma a enfatizar os gestos e a oralidade do seu portador, cujo estatuto e função social indiciam.
Mais do que simples objetos destinados a afastar insetos, são considerados artefactos dotados de poder mágico, capazes de exorcizar espíritos malignos.
A sua importância é explicitada pela natureza preciosa dos materiais de que são feitos, havendo que considerar, neste caso, não apenas o metal, mas também o pelo de animal, uma vez que a posse de gado é, em determinadas regiões, um dos padrões de riqueza.
Esta peça integra a exposição ‘Coleções e Museus: Da Curiosidade ao Conhecimento’, patente na Sala Dacosta até 21 de fevereiro.
